Curicaca convida para a palestra “As cicatrizes feitas no Pampa pela omissão pública com o Cadastro Ambiental Rural”, apresentada pelo coord. técnico Alexandre Krob no primeiro painel do FIMA 2025
- institutocuricaca
- 20 de mar.
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“As cicatrizes feitas no Pampa pela omissão pública com o Cadastro Ambiental Rural”. Este é o título da palestra que o Instituto Curicaca apresentará às 14h, em 26 de março, no 13º Fórum Internacional do Meio Ambiente (FIMA). O evento deste ano terá como tema principal “Bioma Pampa: Clima, Conservação e Atividades Econômicas”.

Alexandre Krob, coord. técnico da ONG, participará do primeiro painel, "Panorama para a regularização ambiental no Pampa para os próximos anos". Os demais debatedores serão IBAMA, Farsul e Procuradoria Geral do Estado (RS). Desse conjunto, espera-se entender o porquê de um longo boicote do setor produtivo à implantação do CAR, de o Estado ficar passivo frente à inconstitucionalidade da legislação estadual que flexibilizou o uso degradante do Pampa e da insuficiência da fiscalização federal contra o descampamento (termo para substituir "desmatamento", que frequente e erroneamente é usado).
O Pampa será abordado pelo FIMA 2025 por sua conservação ser um dos maiores desafios atuais para o RS. Krob aponta que “nas últimas duas décadas, mais de 20% dos ambientes naturais do Pampa foram convertidos para usos antrópicos, a maioria para soja, seguida da silvicultura. Dentre os biomas brasileiros, é o menos protegido, com pouquíssimas Unidades de Conservação, sem uma legislação específica de proteção, insuficiente em Terras Indígenas e Territórios Quilombolas demarcados, e o único sem Reserva de Biosfera”. Para agravar a situação, “sua posição colateral e meridional no território brasileiro e sendo o único bioma localizado apenas dentro de uma Unidade da Federação, o tem deixado descuidado pelos poderes públicos”, complementa.
O evento é promovido pela Associação Riograndense de Imprensa (ARI) e ocorrerá entre 26 e 27 de março de 2025, no Auditório do Memorial da Assembleia Legislativa do Estado do RS, no Centro Histórico de Porto Alegre.
A programação, aberta à comunidade, é constituída por entidades governamentais e da sociedade civil, prevendo paineis de diálogo efetivo e crítico entre diversos setores sobre a importância do Pampa em vários âmbitos, com o objetivo de viabilizar a conservação de seus ecossistemas para gerações futuras.