Nós participamos do Grupo de Apoio Técnico (GAT) do Plano de Ação Nacional para Conservação da Herpetofauna do Sul (PAN Sul) desde 2011. Então, os técnicos do Instituto já estão realizando reuniões internas de avaliação do andamento das ações que a ONG articula. Isso em preparação para uma participação qualificada na oficina anual de monitoramento nacional do desenvolvimento das iniciativas constituintes do PAN, que agora estão no segundo ciclo. A monitoria ocorrerá na ACADEBio, em São Paulo, entre os dias 22 e 25 de maio.
Os articuladores de ações do Instituto Curicaca, Alexandre Krob, Andreas Kindel, Michele Abadie e Caroline Zank, avaliaram que uma parte das ações prevista foi realizada com sucesso, como os estudos e ações de conservação do sapinho-admirável, o apoio técnico à criação de uma Unidade de Conservação nas dunas de cidreira, mas outras nem tanto. Parte das dificuldades estão no momento da política ambiental no Rio Grande do Sul, onde pouco ou nada avançam as atividades de gestão da qualidade ambiental, em detrimento do licenciamento. “Está tudo dentro do período programado, estamos apenas com algumas dificuldades em realizar as ações ligadas à FZB (Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul)”, explica Zank. Por isso, além de pequenos ajustes, algumas ações deverão ter seu cronograma alterado, na espera de melhores tempos.
O que é o PAN?
O Plano de Ação Nacional para Conservação da Herpetofauna do Sul tem como principal objetivo a “manutenção da diversidade da fauna de anfíbios e répteis da Região Sul do Brasil”, informação divulgada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBIO). As ações do PAN, executadas por diversas instituições individualmente ou em conjunto, visam diminuir os riscos e problemas que afetam a conservação de espécies de répteis e anfíbios que são considerados ameaçados. A coordenação é feita pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios (RAN), com supervisão da Coordenação Geral de Manejo para Conservação.
Onde o Curicaca entra?
No primeiro ciclo nossa responsabilidade principal era realizar a compatibilização de atividades agrosilvopastoris com a conservação de espécies e habitats de répteis e anfíbios, para a redução de impactos gerados. No segundo ciclo, estamos mais voltados para ações de conservação de espécies e habitat. No nosso caso, isso não acontece isoladamente, colaboramos com outras instituições, como o Instituto de Biociências da UFRGS, o RAN/ICMBio, a ASG, para realizar projetos complexos.
No primeiro ciclo, algumas das ações realizadas foram: avaliação da eficácia dos microcorredores ecológicos de Itapeva para o Melanophryniscuscambaraensis; inserção do tema “conservação de anfíbios e répteis” nas ações de formação de educadores ambientais; articulação da criação de RPPN para o Melanophryniscusadmirabilis; entre muitas outras.
Já no segundo ciclo, focamos em: fomentar a elaboração do plano do Sistema Estadual de Unidades de Conservação (UC); retomar a proposta da criação de unidade de conservação estadual ou federal no Cerro do Jarau; monitorar processos de licenciamento de empreendimentos hidrelétricos em áreas de relevância na Área Estratégica Taquari-Antas; realizar Avaliação Ecológica Rápida na região do Banhado Amarelo, Josafaz e Silveirão; realizar Avaliação Ecológica Rápida na região de ocorrência de Melanophryniscus admirabilis; promover a criação de uma UC no município de Cidreira-RS; e fomentar a criação de UC na região de ocorrência de M. admirabilis.
Comments