O conselho do Refúgio da Vida Silvestre Ilha dos Lobos teve sua primeira reunião do ano nessa terça-feira. Foi importante o nivelamos sobre a elaboração do Plano de Manejo e a discussão das interações com o Uso Público. Infelizmente, o plano está ficando um pouco distante porque a Diretoria de Manejo do ICMBio não aceitou a sugestão do conselho de organizar a oficina de planejamento de forma virtual, preferindo a forma presencial quando a pandemia permitir. Os conselheiros também preferem o encontro físico, mais rico, interativo e com maior possibilidade de uso de ferramentas de apoio ao planejamento colaborativo.
Infelizmente, o cenário de pandemia é péssimo, com expectativas bem realistas de que a gente só alcance 70% da população vacinada em 2022 e as exigências de distanciamento social se arrefeçam um pouco. A recomendação foi que se até julho não tivermos alguma melhora, o ICMBio busque meios de fazê-lo de outra forma e encontre soluções para representantes que possam ter dificuldades. Foi formado um novo GT para ajudar a dinamizar esse processo, que deverá discutir e propor a conjunto de cerca de vinte e cinco pessoas, de diferentes setores envolvidos e especialistas nos grupos de espécies protegidas.
Fomos informados que a visitação à ilha está sendo demandada por outra empresa. Hoje a única autorizada a operar, se aderir às novas regras, é a Marina, pois já operava há muito tempo. Ao mesmo tempo, a equipe da Unidade de Conservação resolveu buscar formas de avançar no tema, por meio da elaboração de um Plano de Uso Público, o qual seguiria um roteiro metodológico existente dentro do órgão.
Embora a gestão não deva ficar engessada enquanto aguarda o Plano de Manejo, o conselho alerta para a necessidade de seguir a ordem de importância nos processos. Ou seja, o Plano de Uso Público deve se adequar às orientações maiores do documento principal, pois é aquele primeiro o balizador de até onde se pode ir e com que cuidados impossibilitando de o segundo ser preparado com detalhes e publicado antecipadamente. Da mesma forma, empresas que querem operar turismo na área devem esperar pelos regramentos que virão com o planejamento. Por enquanto, a equipe do Refúgio avançará em diagnósticos de interesses de visitação, perfil potencial dos usuários, possibilidade ainda preliminares de atividades a serem realizadas, o que é muito positivo.
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