Chegando para movimentar a agenda, acaba de ser publicado o relatório do Workshop Nacional de Mosaicos de Áreas Protegidas. O material foi gerado a partir da discussão entre participantes dos mosaicos de todo o Brasil, que ocorreu em maio de 2016. Traz uma síntese dos desafios atuais de mosaicos já reconhecidos, mas também daqueles que ainda buscam o reconhecimento e que, na prática, já vem realizando a gestão integrada do território tendo as áreas protegidas como foco. O relatório aponta a necessidade de ações em políticas públicas e marco legal; capacitação e intercambio; comunicação e efetividade; articulação de parcerias estratégicas; e de fortalecimento da Rede de Mosaicos de Áreas Protegidas - REMAP.
O Instituto Curicaca esteve presente contribuindo com a busca de soluções para o bom funcionamento dos mosaicos. Para Alexandre Krob, coordenador técnico da ONG, é preciso ajudar o Ministério do Meio Ambiente a ampliar sua expectativa dos mosaicos para além de apenas resolver problemas comuns de Unidades de Conservação próximas. “Os mosaicos, como mostram muitas das experiências em curso, vieram para formalizar a prática de diálogos concretos entre os atores de um território para implantarem ações conjuntas que reflitam sobre áreas protegidas, mas também sobre o que está entre elas. Nesse sentido, é preciso reconhecer o papel dos territórios tradicionais na conservação da biodiversidade – reservas indígenas, terras de quilombolas”, complementa.
Agora com o relatório publicado, a REMAP deverá seguir uma agenda de trabalho que foi construída no Workshop. Há o compromisso da realização de reuniões com o Ministério do Meio Ambiente buscando alavancar o tema para um patamar de prioridade mais alto dentro do Governo Federal, mas os governos estaduais também devem ser procurados, pois o reconhecimento não é uma exclusividade federal. Outro esforço programado é o de buscar condições para que novos mosaicos possam ser reconhecidos, como o Mosaico Porta de Torres, na fronteira do Rio Grande do Sul com Santa Catarina. Para saber mais e ser um colaborador dos mosaicos.
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