Fundada em 1991, a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica(RBMA) completou 25 anos em agosto deste ano. Seu reconhecimento é feito pela UNESCO, por meio do Programa Homem e Biosfera (MaB – Man and the Biosphere), a partir de uma proposta do Ministério do Meio Ambiente. Já está na sexta fase de aperfeiçoamento, e hoje é a maior reserva em área florestada do planeta, com cerca de 78.000.000 hectares, que abrangem os 17 estados 📷brasileiros onde a Mata está presente. Sua missão é contribuir para o estabelecimento de uma relação harmônica entre as sociedades humanas e o ambiente na área da Mata Atlântica, tendo como principais funções: a conservação da biodiversidade e dos demais atributos naturais, a valorização da sóciodiversidade e do patrimônio étnico e cultural a ela vinculados, além de dar apoio a projetos demonstrativos, à produção e difusão do conhecimento, à educação ambiental, à pesquisa científica e ao monitoramento nos campos da conservação e do desenvolvimento sustentável.
Para a sua gestão, a RBMA conta com o Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (CN-RBMA), o órgão máximo de gestão ao qual cabe estabelecer as diretrizes para os trabalhos de implantação. Concebe seu Plano de Ação, realiza reuniões anuais, tem um bureau técnico de assessoramento e deve realizar sua avaliação periodicamente. Conta também com os Comitês Estaduais, instâncias que coordenam a implantação da Reserva nos respectivos estados, para manter os princípios e diretrizes delineadas pelo CN-RBMA e compromissados com a UNESCO.
O Instituto Curicaca faz parte da Reserva há 15 anos e preside um dos comitês mais atuantes do país, o Comitê Estadual da RBMA do Rio Grande do Sul (CERBMA-RS). Seu compromisso tem sido ajudar para que as ações multi-institucionais que acontecem no território contribuam para os objetivos da Reserva e articular as políticas públicas para que venham a ajudá-los. Muitos dos projetos realizados pelo Curicaca têm a RBMA como uma orientação e um compromisso, como o Mosaico Porta de Torres, o Corredor Ecológico do Cervo-do-Pantanal, os Microcorredores Ecológicos de Itapeva, a Conservação das dunas, das aves e lobos-marinhos. Por essa atuação, em 2009, a ONG ganhou o Prêmio Muriqui, hoje reconhecido como uma das mais importantes homenagens às ações ambientais no país.
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