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Conservação do sapinho-verde-de-barriga-vermelha (Melanophryniscus admirabilis)

A iniciativa visa usar uma abordagem integrada de ecologia e genética para responder às questões mais emergenciais de conservação deste microendêmico e ameaçado anuro, o sapinho-admirável -de-barriga-vermelha (Melanophryniscus admirabilis), e, a partir disso, subsidiar a elaboração de uma proposta de criação de uma Unidade de Conservação na sua pequena área de ocorrência.
 

Os sapinhos-de-barriga-vermelha ocorrem exclusivamente na América do Sul, e para a maioria dessas espécies inexistem estudos de história natural, de distribuição geográfica e de ecologia populacional, o que dificulta uma refinada avaliação de seu status de conservação. Além disso, trata-se de uma espécie criticamente ameaçada e endêmica de apenas uma localidade, habitando aproximadamente 700m ao longo das margens do rio Forqueta, no Perau de Janeiro (Arvorezinha, Rio Grande do Sul.
 

As ameaças geradas pela perda de qualidade do hábitat, associadas às pressões sobre os adultos reprodutivos (como o pisoteio de turistas e de gado e a captura ilegal dos indivíduos), por si só geram uma fragilidade extrema à única população conhecida da espécie. Recentemente foi indeferida a licença de implantação de uma hidrelétrica, que agravaria ainda mais sua situação, podendo levá-la à extinção.

 

Essa espécie faz parte do Programa de Ação Nacional para Conservação de Répteis e Anfíbios Ameaçados da Região Sul do Brasil (PAN), projeto do qual o Instituto Curicaca participa como articulador de algumas ações. As medidas que estão sendo tomadas para evitar a extinção da espécie foram decididas nos eventos de elaboração do Plano e têm caráter nacional para a conservação da biodiversidade brasileira. No entanto, a região não é importante apenas para o sapinho. Muitas outras espécies ameaçadas ocupam as águas, matas e campos nativos da região e não estão protegidas em nenhum outro lugar.
 

Em 2017 diversos especialistas do Curicaca, UFRGS e Fundação Zoobotânica/RS realizaram uma Avaliação Ecológica Rápida (AER)., constatando a riqueza biológica do local <link para a notícia> e o mapeamento da região a partir da análise da cobertura do terreno e de características geográficas e fisiográficas. O projeto continua através do contato com os moradores locais e novos projetos de desenvolvimento sustentável e educação ambiental estão sendo pensados para a região.

Situação: Em andamento.

Parceiros: Laboratório de Herpetologia da UFRGS, Departamento de Ecologia UFRGS, Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios (RAN) do ICMBio, Amphibian Survival Alliance (ASA).


Financiamento: Fundação Grupo Boticário
 

Equipe Técnica: Instituto Curicaca - Michelle Abadie, Alexandre Krob, Bruna Arbo Meneses, Andreas Kindel, Ismael Verrastro Brack, Caroline Zank; Laboratório de Herpetologia da UFRGS - Márcio Borges-Martins; Amphibian Survival Alliance - Luis Marin.

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